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Dark Store

A dark store fez muitos empresários reverem suas estratégias de logística    

    Graças a internet, a economia mundial não parou com a pandemia de COVID 19. Aliás, alguns setores cresceram de forma impressionante. Só no Brasil o e-commerce ganhou 13 milhões de novos consumidores em 2020, segundo pesquisa do Webshoppers 43.  E de acordo com a empresa Statista, as transações on line devem movimentar no mundo todo mais de 5 trilhões de dólares em 2021.  O volume de negócios virtuais subiu tanto que os empresários tiveram que rever suas estratégias de logística. É neste cenário que uma nova modalidade ganhou força: a dark store, ou “loja escura”, numa tradução livre para o português. 

     Trata-se de uma loja sem atendimento presencial. Na prática funciona como um pequeno centro de distribuição. Mas diferente de um CD convencional, que normalmente é construído em regiões periféricas da cidade, a dark store fica mais perto do centro urbano e, por consequência, a poucos minutos do consumidor final. Tal modalidade também é chamada de microhub, micro-fulfillment center ou hyper local fulfillment center. Essa estratégia de logística para a última milha (the last mile) vem para aumentar a eficiência do método omnichannel, onde a empresa mantem contato com o cliente através de várias plataformas digitais ao mesmo tempo, potencializando assim as vendas on line

     Nos Estados Unidos, na Europa e em alguns países asiáticos a dark store é usada principalmente pelo setor de alimentos, com destaque para os supermercados, onde a same day delivery (entrega no mesmo dia) é uma necessidade. No entanto, cada vez mais outros segmentos percebem as vantagens de adotar essa estratégia. A principal, obviamente, diz respeito à localização do imóvel, que está mais perto do consumidor. De acordo com a pesquisa Global Consumer Insights 2018, feita pela PwC, 45% dos consumidores brasileiros estão dispostos a comprar itens básicos de forma virtual e 64% desse público aceita pagar um pouco mais, se a entrega for feita no mesmo dia. Veja agora outras vantagens em adotar a dark store:

  1. Redução nos custos com transporte, principalmente se a empresa estimular o consumidor a adotar o click-and-collect, ou seja, o “clique e retire”, quando o comprador vai até o microhub para fazer a retirada da mercadoria; 
  2. Redução dos impactos ambientais, pois com trajetos menores também teremos a diminuição de gases na atmosfera. Caso a empresa adote veículos elétricos essa vantagem é ainda maior;
  3. Redução no número de desafios logísticos, normalmente impostos pela last mile;
  4. Facilidade em atender regiões com grande volume de pedidos;
  5. Baixo custo de implantação e operacionalização, pois a dark store não exige o mesmo grau de investimento de uma loja normal. Sem vendedores, com visibilidade on line em tempo real, otimização de espaço e logística eficiente essa opção se torna muito mais interessante do ponto de vista financeiro;
  6. Reaproveitamento de lojas físicas com pouco movimento, destinando parte do espaço para o fulfillment do e-commerce e aumentando assim a clientela em potencial. Em alguns casos, talvez seja até mais interessante converter todo o espaço em dark store;
  7. Aumento na capacidade de conquistar algo raro hoje em dia: a lealdade do consumidor. Mas para isso é preciso fornecer a ele uma experiência única de consumo. Com maior eficiência, desde que a tecnologia correta seja aplicada no recebimento, armazenagem e picking (triagem) dos produtos, a dark store vem para dar aos envolvidos a agilidade que todos esperam do universo on line.

     Como vimos, vantagens não faltam. Mas implementar essa estratégia de logística não é tão simples. Não basta ter um pequeno prédio no centro da cidade. É preciso investimento em bons softwares. Tudo começa com um WMS, Warehouse Management System, que em português significa Sistema de Gerenciamento de Armazém. Entre outras coisas ele permite o controle do inventário, da movimentação de mercadorias, da reposição dos estoques, e da área de picking. Outro software que ajuda muito é o OMS (Order Management System). Ele possibilita uma gestão completa da compra, desde o momento em que o pedido é feito até a entrega final. O OMS também permite que o cliente acompanhe em tempo real o fluxo do produto. 

     Além do investimento em softwares é preciso treinar muito bem a equipe de funcionários, que obrigatoriamente devem estar 100% comprometidos com a agilidade no manuseio da carga, a precisão do trabalho e a satisfação do cliente. Como o WMS oferece todas as informações necessárias para o gerenciamento do microhub, é importante dividir essas informações com os colaboradores em dashboards (painéis). A visibilidade dos dados ajuda a manter o foco na produtividade.

     No entanto, a dark store é indicada para todos os empresários? Não. Tudo depende do volume de negócios. Em entrevista a BBC no dia 11 de agosto de 2019, o CEO da consultoria de logística Diagma, Aurélien Jacomy, disse que o micro-fulfillment center só é interessante para empresas que tenham no mínimo mais de 100 vendas virtuais por dia. Lojistas com uma venda menor do que essa podem adotar o ship from store, ou seja, a venda on line a partir dos estoques de lojas normais. 

     Em entrevista ao site SuperVarejo, Thiago Picolo, CEO da empresa Natural da Terra, rede especializada em produtos hortifrutigranjeiros, disse que em 2020 o volume de pedidos para delivery subiu extraordinários 1000%! Isso fez a companhia investir em dark stores para reduzir custos operacionais e agilizar as entregas. O Carrefour, que faturou com e-commerce 918 milhões de reais apenas entre abril e junho do ano passado, está indo na mesma direção. As Lojas Marisa também começam a investir nessa estratégia de logística. 

     E se você procura soluções em Logística, particularmente Intralogística, ou seja, aquelas dentro da empresa, entre em contato conosco.