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Logística Reversa

Demonstração de responsabilidade ambiental, a logística reversa demonstra uma forte preocupação com a sociedade

 

    Mais que uma demonstração de responsabilidade ambiental, a logística reversa demonstra por parte do Estado e das empresas uma forte preocupação com a sociedade. O que é fácil de explicar. O ser humano é parte integrante do meio ambiente. Meio que se não for devidamente preservado coloca em risco a sobrevivência da espécie humana e do planeta como um todo. Você sabia, por exemplo, que um litro de óleo lubrificante pode contaminar até um milhão de litros de água?

    Ou seja, não estamos falando de um modismo. Mas afinal, o que é Logística Reversa? Basicamente é a inversão de fluxo de um produto, do consumidor até o fabricante, com o intuito de reciclagem ou descarte ambientalmente correto do item fabricado. Este assunto já vem sendo debatido há muitos anos. Em 1971 os pesquisadores Willian G. Zikmund e Willian J. Stanton já abordavam o tema, na época chamado de “distribuição reversa”. Atualmente as definições acadêmicas são mais precisas do que aquela colocada na abertura deste parágrafo. Dale Rogers e Ronald Tibben-Lembke, por exemplo, no livro “Going Backwards: Reverse Logistics Trends and Practices”, de 1998, dizem que Logística Reversa é “o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e as informações correspondentes do ponto de consumo para o ponto de origem, com o propósito de recapturar o valor ou destinar à apropriada disposição.”

     Mas foi só nos Anos 90 do século passado que de fato os primeiros itens começaram a fazer o caminho de volta ao fabricante, com destaque para agrotóxicos, lixo hospitalar, medicamentos, pilhas, baterias e embalagens de produtos químicos. Hoje temos outros materiais nessa lista, como lâmpadas fluorescentes, óleos lubrificantes, pneus, objetos eletrônicos e seus componentes. Normalmente a Logística Reversa é feita em três etapas. Primeiro o consumidor deixa o item no comerciante. Depois o comerciante envia ao fabricante. E, por fim, o fabricante pode reutilizar o produto (como as embalagens de vidro de refrigerantes), reciclar (como é feito com as latas de alumínio) ou destinar para o descarte mais adequado, de acordo com as normas sanitárias. Esta é a modalidade de Logística Reversa Pós-Consumo. Mas em alguns casos tais produtos são remetidos de volta à indústria antes de chegar ao mercado. É o que acontece com mercadorias defeituosas ou perecíveis e fora da validade. Neste caso, a modalidade é a de Logística Reversa Pós-Venda.

     Tais etapas exigem infraestrutura logística. Estamos falando de centros de triagem, espaços de armazenagem e veículos para o transporte. Ou seja, há um custo considerável envolvido no processo. Utilizar parte do que a empresa possui em recursos humanos, armazéns e caminhões é uma alternativa para reduzir despesas. Mas tudo deve ser feito de forma a otimizar recursos e de acordo com a legislação.

     No Brasil, a lei que trata desse assunto é a n°12.305, de 2 agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, posteriormente regulamentada pelo Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Vigente há 21 anos, a PNRS ainda não foi totalmente implementada, principalmente quando o assunto envolve a coisa pública e os polêmicos aterros sanitários, muito diferentes dos lixões a céu aberto que ainda existem em nosso país. Mas quando o assunto é Logística Reversa o Brasil tem evoluído muito, segundo o próprio Governo Federal. 

     De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, “em 2020, o Brasil bateu recorde reciclando 97,4% das latas de alumínio que entraram no mercado.” Foram mais de 30 bilhões de latas recicladas no país. O site do Governo Federal também destacou outros números expressivos. Em 2019 foram recolhidas 155 toneladas de pilhas e baterias, 45 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos, 420 mil toneladas de pneus (isso sem falar nos 12 milhões de pneus que foram reformados) e 490 milhões de litros de óleo lubrificante. O Governo Federal tem metas audaciosas a curto prazo, como recolher 16 milhões de baterias de carro por ano, o equivalente a 155 mil toneladas. “Outro sistema criado recentemente foi o de eletroeletrônicos, também sancionado pelo Presidente Jair Bolsonaro em 2020, que projeta a implantação de mais de 5 mil pontos de entrega voluntária em todo país, para o que cidadão possa fazer o descarte adequado, desde o fone de ouvido até a geladeira. Assim, esse material segue para a unidade de desmontagem, onde receberá o devido tratamento”, fala do secretário de qualidade ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França.

     É importante frisar que o custo da Logística Reversa pode ser minimizado reconhecendo e utilizando o valor financeiro do que aparentemente é lixo. Sim. Aparentemente. Muitos desses produtos podem ser considerados matérias primas para outras empresas. As embalagens de agrotóxicos, por exemplo, são derretidas e transformadas em tubulações para a construção civil há anos. Pneus podem ser triturados e misturados com a massa asfáltica em recapagens e pavimentações novas. O chumbo, presente em baterias de automóveis, tem diversas aplicações. Em muitos casos o reaproveitamento de materiais pode até mesmo reduzir os custos operacionais de diversas empresas. 

     Porém, o site Blog da Logística alerta que “esses gastos estão diretamente relacionados com a atividade-fim do negócio, logo, reduzir eles sem o devido estudo e análise pode significar diminuição da qualidade ou perda de capacidade produtiva. O aspecto financeiro pode ser dividido em duas áreas: aumento da lucratividade e economia de recursos. Estatísticas divulgadas pelo Ministério do Meio Ambiente estimam que o mercado brasileiro deixa de arrecadar R$ 8 bilhões por ano devido à falta de infraestrutura adequada para a destinação de resíduos sólidos e reciclagem. Os custos para manter esse tipo de operação em funcionamento são elevados e há dificuldade em adequar os elos da cadeia para essa nova realidade. O retorno de produtos e embalagens é prejudicado pela falta de gerenciamento apropriado, escassez de locais licenciados para o tratamento e descarte, além da ausência de incentivos para os empreendedores. São poucos os que se dedicam a criar aterros legalizados, usinas de tratamentos e locais para a incineração de produtos, o que resulta no encarecimento de toda a operação.” O mesmo site diz que “o crescimento econômico pode ser equilibrado com o reabastecimento do ciclo produtivo, o reaproveitamento de peças e equipamentos, o reparo de mercadorias com defeito pelo fabricante e o desenvolvimento de embalagens recicláveis e retornáveis.”

     Enfim, as estruturas para a Logística Reversa ainda estão sendo criadas no Brasil e para que funcionem precisam do apoio de alguém insubstituível nesse processo: o consumidor. O cliente final deve separar os produtos que já possuem cadeias para a inversão de fluxo e enviar tais itens ao fabricante através dos pontos de coleta, presentes nos comerciantes das respectivas áreas ou em supermercados, por exemplo. Muitas iniciativas estão sendo tomadas nesse sentido. 

          Nós, da Águia Sistemas S/A, podemos colaborar nesse processo. Temos condições de ajudar sua empresa no que há de mais moderno em termos de Intralogística. Entre em contato conosco.

(O texto acima foi escrito usando informações dos sites simpleorganic.com.br, ecycle.com.br, revistamundologistica.com.br, bloglogistica.com.br, meusucesso.com e www.gov.br).